08 DE AGOSTO – DIA NACIONAL DE COMBATE AO COLESTEROL
Publicado em: 09/08/2021, 20:16
Com frequência nos deparamos com histórias de pessoas que sofreram um ataque cardíaco ou que precisaram de alguma intervenção cirúrgica no coração. Doenças cardíacas causam 1.100 mortes por dia no Brasil, aproximadamente, uma morte a cada 90 segundos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes causadas pelo câncer e três vezes mais que as mortes por infecção respiratória.
Mas você sabe como acontecem as doenças cardiovasculares?
Uma das causas é a dislipidemia. Ela é caracterizada principalmente por distúrbios nos níveis lipídicos circulantes no sangue e podem estar associadas a manifestações clínicas diversas, como: aterosclerose, infarto agudo do miocárdio, doença isquêmica do coração e AVC. Há diversos fatores que podem determinar o perfil lipídico de uma pessoa. Alguns hábitos podem influenciar o desenvolvimento das doenças, como: tabagismo, sedentarismo e dieta baseada na ingestão calórica excessiva, com alto teor de gordura e colesterol. E há, também, casos em que o indivíduo apresenta características genéticas. Essas são chamadas de dislipidemias primárias.
A classificação laboratorial das dislipidemias, segundo a Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, pode ser definida como:
· Hipercolesterolemia isolada: quando há elevação do colesterol LDL.
· Hipertrigliceridemia isolada: quando há elevação dos triglicerídeos.
· Hiperlipidemia mista: quando há a elevação de colesterol LDL e triglicerídeos.
· HDL-c baixo: quando os níveis de colesterol HDL são muito baixos.
O diagnóstico pode ser feito por exames simples, que dosam o colesterol total, as frações e os triglicérides. Porém, para casos genéticos de doenças cardiovasculares, é possível realizar exames que identificam o risco de desenvolvimento delas. É altamente indicado para pessoas com antecedentes familiares ou pessoas que desejam conhecer seu risco cardiovascular para ter melhor qualidade de vida.
O exame faz uma análise de 173 polimorfismos genéticos, em que são avaliadas 102 variantes genéticas associadas a fatores de risco cardiovascular clássico e 11 independente deles. Seu diagnóstico pode determinar:
· O risco cardiovascular real, levando em consideração o risco relativo do paciente, juntamente com genes associados com o aumento do risco de infarto do miocárdio.
· A idade cardiovascular do paciente, independentemente da idade cronológica dele.
· O risco de desenvolvimento de fatores de risco clássicos baseados na genética do indivíduo, como: dislipidemias e o aumento de triglicérides, hipertensão arterial, Diabetes Mellitus, obesidade, trombose e dependência da nicotina.
O teste pode classificar os pacientes em: risco baixo, moderado, alto e muito alto, permitindo, em alguns casos, o início de medidas redutoras de risco. Isso ocorre devido ao impacto da predisposição genética no risco de desenvolvimento de problemas cardiovasculares. É importante que você consulte o médico regularmente para que possa realizar os exames corretos. Não brinque com o seu coração!
Quer saber mais sobre outros exames? Acesso nosso Guia de exames e entenda melhor os testes dedicados à Cardiologia.