Sintomas de intolerância à lactose: veja quais são!
Publicado em: 26/12/2019, 10:12
Você já deve ter uma pequena ideia do que é uma intolerância à lactose, correto? Basicamente, ela é caracterizada pela incapacidade de digerir totalmente a lactose de produtos lácteos.
Além disso, é resultado de um distúrbio digestivo que está diretamente associado à baixa produção (ou nenhuma produção) de lactase, uma enzima produzida pelo intestino delgado.
A lactose, então, é o açúcar presente no leite e seus derivados. É um hidrato de carbono, mais especificamente um dissacarídeo, composto por dois monossacarídeos: a glicose e a galactose.
Com isso, é necessário ter um cuidado com alimentos que levam a substância, como é o caso dos leites, queijos, iogurtes, chocolates, entre outros. Como a doença pode ser desenvolvida em qualquer idade, é preciso também estar atento aos sintomas.
Por que é necessário estar atento aos sintomas de intolerância à lactose?
Como citado anteriormente, a intolerância à lactose pode aparecer no organismo humano em qualquer idade, desde a infância, passando pela adolescência até velhice. Sua ocorrência acontece, principalmente, pela lactose que se acumula no organismo com o tempo.
No início, a intolerância pode ser confundida com uma alergia por conta de alguns sintomas semelhantes. Mas, acredite, são complicações bem distintas. Para contextualizar, explicamos um pouco a causa das duas abaixo:
Intolerância à lactose: deficiência em quebrar a lactose.
Alergia: resposta do sistema imunológico para expulsar do corpo algo que está fazendo mal. Essa expulsão ocorre por meio de células de defesa, que causam coceiras, dores localizadas ou vermelhidão.
Agora que você sabe a diferença de uma para outra, apresentamos outro ponto que torna o conhecimento dos sintomas tão necessário: as primeiras reações. Em alguns casos, quando a intolerância começa a surgir, o indivíduo passa a sentir mal-estar e dor no estômago, mas pensa que esses efeitos passarão rapidamente.
Com isso, ele continua ingerindo alimentos com lactose naturalmente, quando, na verdade, é essa substância que o faz passar mal. Para se ter uma ideia, de acordo com estudos, mais de 70% da população brasileira possui intolerância à lactose, seja em grau leve, moderado ou grave.
Para diagnosticar a intolerância, é necessário, primeiramente, descartar quaisquer outras enfermidades gastrointestinais, que causam sintomas semelhantes. Logo após, é imprescindível consultar um médico especialista que avaliará o histórico do paciente.
Quais são os principais sintomas?
Caso você esteja com alguns dos sintomas dos citados abaixo, procure ajuda médica e obtenha o melhor tratamento:
Dor e inchaço abdominal
Diarreia
Gases
Azia
Prisão de ventre
Náusea e vômitos
Dor de cabeça.
Todos os sintomas acima estão correlacionados e podem ter três graus de dor:
leves: causam leves dores momentâneas na região da barriga;
médias: as dores são um pouco mais elevadas, mas ingerir algum medicamento pode amenizar a situação;
intensas: aqui, as dores incomodam o paciente ao ponto de atrapalhar as tarefas diárias. Em alguns casos, é necessário encaminhamento até um pronto-socorro para a aplicação de remédio via endovenosa.
Quais são os tipos de intolerância à lactose?
Existem três tipos de intolerância à lactose, cujas ocorrem de formas distintas. Veja:
Deficiência congênita
Esse primeiro tipo ocorre logo no nascimento da crianças, quando ela se desenvolve sem condições de produzir lactase. Das três, essa é a forma mais rara e mais crônica.
Deficiência primária
Das três, essa é a deficiência mais comum. Ela ocorre quando, na adolescência, a produção de lactase começa a diminuir progressivamente até a velhice.
Deficiência secundária
Nesse último tipo a intolerância pode ser temporária, acontecendo pelo aparecimento de outras doenças intestinais. Alguns exemplos são: diarreias, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, doença celíaca, ou alergia à proteína do leite, por exemplo. Com o controle dessas doenças a intolerância pode sumir.
Quais são os fatores de risco?
Listamos abaixo alguns fatores de riscos que podem agravar o desenvolvimento de intolerância à lactose. Alguns podem ser evitados, já outros não:
Envelhecimento;
Histórico familiar e etnia (mais comum em africanos, árabes, gregos, chineses, coreanos e canadenses);
Infecção por rotavírus;
Doenças gastrointestinais;
Predisposição genética;
Diabetes;
Realização de cirurgia bariátrica.
Como curar a intolerância?
Não existe forma de conter a queda de produção da lactase ou a cura da intolerância em si. Por isso, logo após seu diagnóstico, é necessário que alguns cuidados sejam levados em conta para que os sintomas não sejam agravados.
O primeiro passo é óbvio: reduzir todos os alimentos que contém lactose na sua composição. No entanto, isso não significa que alimentos como leite, queijo e iogurte devam ser retirados da sua dieta. Pelo contrário. É necessário procurar alternativas desses produtos, sem a lactose.
Existem produtos no mercado com 0% de lactose ou com redução de 80% a 90% do açúcar. Há também produtos para substituir a lactose, sendo encontrados em pó, pílulas ou líquido.
Uma boa alternativa é adicionar legumes, cereais e verduras na dieta. O motivo é que esses alimentos colaboram o trânsito intestinal. Ou seja, mesmo que por acidente quem tem intolerância ingira lactose, terá menos complicações intestinais.
Mas, atenção: é necessário o aval de um nutricionista para saber quais componentes podem ser retirados ou adicionados da dieta. Somente um profissional especializado, após exames, poderá receitar a melhor receita.
Ao consumir alimentos recomendados, a pessoa que desenvolveu a intolerância poderá viver tranquilamente.
Conclusão
Agora que você já sabe o que causa a intolerância à lactose e quais são os principais sintomas, não esqueça de procurar ajuda profissional caso alguma suspeita apareça. Auto exames não são recomendados, tanto para o descobrimento da doença quanto para o seu tratamento.
Apesar de aparecer de maneira de fácil controle para algumas pessoas, é preciso ter seriedade para que futuros problemas intestinais não sejam agravados.
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