Aumento de solicitações da dosagem de Troponina na pandemia da COVID-19

A pandemia da COVID-19, causada pelo já conhecido coronavírus denominado SARSCov-2, tem demonstrado espectro de apresentação que varia de forma assintomática à síndrome de insuficiência respiratória grave refratária com óbito.

Como existem relatos de pior evolução da Covid-19 em pacientes cardiopatas, inclusive com evidência de complicações cardíacas em formas graves, vários estudos estão sendo realizados visando obter mais esclarecimento a respeito da relação entre possível lesão cardíaca com aumento de troponina circulante e prognóstico da doença. 

Dados recentes da literatura médica mostram que há aumento marginal de troponina em todos os pacientes com Covid-19. A maior parte dos estudos apontam que pacientes que apresentaram formas graves da doença causada pelo novo coronavírus tiveram aumento significativo da troponina I de alta sensibilidade em relação aos casos dos doentes que tiveram formas leves da Covid-19.

O racional obtido preliminarmente com esses resultados é que muito provavelmente uma medida inicial na emergência e medidas subsequentes de monitoramento da troponina I de alta sensibilidade podem permitir tanto prever lesão cardíaca causada pelo SARS-Cov-2, quanto pior desfecho clínico da doença Covid-19.

 A Sociedade Brasileira de Cardiologia, em alguns de seus apontamentos, mostra que em pacientes sintomáticos com infecção suspeita ou confirmada, com doença cardiovascular prévia ou manifestando-se com descompensação cardíaca aguda e nos portadores da forma grave da doença, o médico deva considerar monitorar a função cardiovascular por meio da realização de ecocardiograma transtorácico com Doppler, controle eletrocardiográfico e dosagem de biomarcadores como a troponina e o dímero D.

Relação de exames:

Referências:

https://pebmed.com.br/coronavirus-troponina-i-em-pacientes-com-covid-19/

http://www.cardiol.br/sbcinforma/2020/20200313-comunicado-coronavirus.html