Câncer de Mama - OUTUBRO ROSA
Publicado em: 30/09/2020, 11:10
Outubro é um mês de conscientização do câncer de mama através da campanha internacional “outubro rosa”, criada na década de 90 nos Estados Unidos. Em todo o mundo, diversas ações acontecem a fim de promover e disponibilizar exames e consultas com o objetivo de alertar as mulheres em relação a sua saúde, principalmente através do autoexame e de mamografias.
O câncer de mama, apesar de acometer também os homens, possui maior incidência entre as mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que em 2020, o número de novos casos chegue a 66.280, e com base nas estatísticas de anos anteriores, os casos representam 16% das causas de mortes em mulheres, se comparado aos outros tipos de câncer. A origem não é totalmente esclarecida, mas idade superior aos 50 anos, histórico familiar e fatores: hormonais, ambientais, comportamentais e genéticos são considerados risco para seu desenvolvimento.
Conheça as principais dúvidas sobre o câncer de mama:
- O autoexame substitui o rastreamento pela mamografia
Mito: O autoexame é um aliado muito importante na detecção precoce dos tumores de mama, porém nem sempre esses tumores são palpáveis e identificados ao toque. A mamografia detecta microcalcificações dentre outras alterações que podem ser muito pequenas e imperceptíveis na realização do autoexame.
- Câncer de mama é uma doença da mulher, estando os homens isentos de chances.
Mito: Embora acometa muito mais as mulheres, cerca 1% dos casos de câncer de mama afeta os homens. Na maioria das vezes o diagnóstico é tardio justamente pelo mito de que o câncer de mama não afeta o público masculino, desta maneira há falta de adesão dos homens para com a prevenção.
- Amamentação pode prevenir o câncer de mama.
Verdade: Muitos estudos demonstram a importância da amamentação na redução do risco de câncer de mama. Apesar do mecanismo não ser totalmente esclarecido, acredita-se que a interrupção da menstruação seja um dos fatores associados, considerando a diminuição dos níveis de estrogênio, o qual favorece o desenvolvimento da neoplasia.
- Menopausa tardia e/ou menarca precoce podem tornar a mulher mais susceptível ao câncer de mama.
Verdade: Considerando o papel do estrogênio no desenvolvimento da grande maioria dos tumores de mama, quanto maior a exposição a ele ao longo da vida, maior o risco para a doença.
- Traumas na mama, como batidas, podem levar ao desenvolvimento de câncer.
Mito: A carcinogênese está associada principalmente a mutações genéticas e expressão de oncoproteínas. Um trauma não é capaz de ocasionar o desenvolvimento de uma neoplasia,e embora desencadeie processos inflamatórios, isso não aumenta o risco de desenvolvimento de câncer.
- Histórico Familiar é fator de risco para desenvolvimento do câncer de mama.
Verdade: O histórico familiar é muito associado ao câncer de mama, porém ao contrário do que se pensa, o percentual de origem hereditária equivale apenas a cerca de 10% dos casos, portanto não deve ser considerado como único fator de risco.
- Prótese de silicone pode aumentar as chances de câncer de mama.
Mito: O “linfoma anaplásico de grandes células” é um tipo de linfoma não-Hodgkin que muito raramente pode se desenvolver em mulheres com implantes mamários. Sua etiologia não é totalmente esclarecida, mas pode estar associado à técnica cirúrgica ou material utilizado. Porém este não é um tumor que se origina no tecido mamário, portanto em relação ao câncer de mama não há nenhum fator de risco relacionado a próteses de silicone.
A suspeita de carcinoma em muitas vezes acontece através do exame clínico das mamas, pelo qual podem ser identificados nódulos ou irregularidades, mas o Ministério da Saúde recomenda a realização periódica da mamografia como método para o rastreamento da doença, e o exame histopatológico é responsável pela confirmação diagnóstica.
Os sinais e sintomas variam muito, mas alguns deles podem ser identificados, como: Inchaço em toda mama ou em partes dela, dores, inversão ou retração do mamilo, secreção sanguinolenta ou serosa pelo mamilo.
O portfólio de exames do DB Patologia inclui anatomia patológica, imuno-histoquímica e citopatologia, que são fundamentais na prevenção, diagnóstico e predição de tratamento do câncer de mama e câncer de colo uterino.
Citopatologia por Punção Aspirativa por Agulha Fina
Através da Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) são obtidas amostras citológicas de cistos ou nódulos para sua diferenciação. Apesar da limitação do exame, já que não é possível a análise do tecido como um todo, a avaliação citopatológica é uma ferramenta muito importante também na análise de linfonodos axilares, além de promover alívio de dores mamárias, considerando o esvaziamento de cistos palpáveis.
Além de aspirados celulares por agulha fina de tireoide, linfonodos e outras glândulas, o código PUNCA compreende as punções de mama.
Histopatológico por biópsia de Mama
Através de fragmentos do tecido mamário, o diagnóstico histopatológico da mama tem como objetivo a análise da estrutura tecidual e do grau de invasão do tumor.
O código BIOP compreende, além de fragmentos de outras regiões, os fragmentos de mama, os quais podem ser obtidos através de: Biópsia por agulha grossa, biópsia cirúrgica ou mamotomia.
Carcinoma ductal invasivo de alto grau
Painel prognóstico da mama
Os tumores de mama têm como característica sua heterogeneidade, muitos do mesmo tipo histológico e mesmo grau de diferenciação podem apresentar diferentes perfis genéticos, por isso a doença evolui de formas distintas, apresentando diferentes prognósticos.
Após um diagnóstico positivo de tumor de mama é mandatório que haja a realização do exame imuno-histoquímico para a definição do tratamento através da classificação molecular do tumor. O painel prognóstico de mama (HISMA) inclui anticorpos para: Receptor de estrogênio (RE); Receptor de progesterona (RP), Ki-67 e HER-2.
Para mais informações a respeito do câncer de mama e seu diagnóstico, leia também nossos artigos:
-Câncer de Mama, Prevenção e Autoexame