Colesterol: combate ou controle?
Publicado em: 31/08/2022, 15:49

Antes de você pensar em restringir o consumo de colesterol, é importante entender a funcionalidade dele dentro do corpo humano. Pois é! É com base nesse conhecimento que expressões como colesterol “bom” ou “mau” passam a fazer sentido, controlando os níveis desse tipo de lipídio a favor da saúde.
O que é o colesterol?
O colesterol é uma substância gordurosa essencial para o funcionamento do organismo, presente em todas as células do corpo. Ele participa da produção de hormônios, vitamina D e ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras.
Apesar de sua importância, níveis elevados de colesterol no sangue podem causar acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
Não só de “fora” do corpo vem o colesterol. Cerca de 70% do composto dessas gorduras são fabricadas dentro do fígado, que dá sequência à produção de membranas celulares encontradas no coração, no cérebro, no fígado, nos intestinos, nos músculos, nos nervos e na pele, além de alguns hormônios.
O problema começa a surgir quando os 30%, que acabam sendo introduzidos pela alimentação, extrapolam o limite ideal e o fígado passa a produzir mais colesterol que o necessário para o corpo. Nesse caso, se torna necessário o controle para combate ao colesterol.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia estimam que, atualmente, 40% dos brasileiros têm colesterol alto, fato que contribui diretamente para que as doenças cardiovasculares sejam a principal causa de mortes no país.
Como identificar cada tipo de colesterol?
Você já deve ter visto estes nomes em guias de exames solicitadas pelo seu médico, isso porque o colesterol se distribui entre diferentes tipos de pacotes de lipoproteínas, sendo:
HDL - Considerado como uma lipoproteína “boa”, a alta densidade dele tem o papel de remover e transportar o colesterol das artérias ao fígado para excreção. O aumento do nível de HDL no organismo influencia diretamente a diminuição dos riscos do desenvolvimento de doenças cardíacas.
LDL - O temido colesterol “ruim” é uma lipoproteína de baixa densidade capaz de transportar o colesterol inclusive dos alimentos para o organismo. O malefício do índice dele em excesso está na capacidade de se prender às paredes das artérias e formar placas de gordura que, ao longo do tempo, podem se tornar letais à saúde.
VLDL - Também associado a um tipo “ruim” de colesterol, essa lipoproteína é de densidade ainda mais baixa que o LDL. Ela transporta mais triglicerídeos do que colesterol e os altos níveis dela também causam acúmulo de gordura nas artérias, podendo resultar em doenças cardíacas.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o colesterol alto estão relacionados a hábitos de vida e condições de saúde. Alimentação rica em gorduras saturadas e trans, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool favorecem o aumento do colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”.
Além disso, excesso de peso e obesidade também contribuem para o desequilíbrio nos níveis de gordura no sangue, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
Outros fatores importantes incluem a predisposição genética e condições médicas, como diabetes, hipotireoidismo e doenças renais crônicas, que podem elevar os níveis de colesterol.
Combate ao colesterol: tratamento e redução do risco cardiovascular
O combate ao colesterol é feito por meio de controle, começando com mudanças no estilo de vida. A adoção de uma alimentação equilibrada, rica em fibras, frutas, legumes e cereais integrais, combinada com a diminuição do consumo de gorduras saturadas e trans, é fundamental.
A prática regular de atividade física, a redução do consumo de álcool e a interrupção do tabagismo também são medidas eficazes para manter os níveis de colesterol sob controle e proteger a saúde cardiovascular.
Em alguns casos, quando as alterações no estilo de vida não são suficientes, o médico pode prescrever medicamentos que ajudam a reduzir o colesterol LDL e prevenir o acúmulo de placas nas artérias.
Além disso, realizar exames laboratoriais periódicos é essencial para acompanhar a evolução do tratamento de combate ao colesterol e ajustar as medidas de prevenção, garantindo uma melhor qualidade de vida e a redução dos riscos de doenças cardíacas e outras complicações.
Como saber seus índices de colesterol?
Seja ao realizar exames de rotina ou para uma investigação de possíveis doenças cardíacas coronarianas, basta um exame laboratorial de fácil coleta, o Perfil Lipídico, para analisar os índices de lipídios no organismo.
Dessa forma, o médico poderá avaliar as taxas de LDL, HDL, VLDL e triglicerídeos do paciente e investigar possíveis doenças como: dislipidemia, diabetes, síndrome metabólica, doença aterosclerótica do coração, doença vascular aterosclerótica, síndrome nefrótica, acidente vascular cerebral (AVC) e trombose
O que fazer em caso de colesterol alto?
Como o colesterol “ruim” está geralmente ligado à ingestão de alimentos com alto índice de gordura (gordura saturada), a primeira ação deve ser em relação à mudança de hábitos alimentares e à introdução de atividades físicas na rotina.
Mas, como o problema também pode estar relacionado a causas genéticas, é importante que haja o acompanhamento de um médico para encontrar a melhor solução e equilibrar os índices de colesterol do paciente, diminuindo os riscos de doenças decorrentes desse desequilíbrio.
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