Coleta venosa, guia básico

Muitos diagnósticos são descobertos a partir da coleta de sangue venoso. Fundamental nesse processo de identificar patologias, o teste de laboratório a partir da amostra de sangue é crucial na tomada de decisão do médico, que pode recomendar o tratamento ideal para o problema.

Os exames de sangue, que garantem qualidade e a confiabilidade dos resultados, são usados em diferentes etapas do tratamento de uma doença: no diagnóstico, monitoramento ou acompanhamento.

Para garantir essa eficácia no resultado, é essencial que haja padronização dos processos e controle de qualidade rigoroso, já na aquisição de materiais para coleta de sangue necessários de acordo com o pedido médico.

Como é feita a coleta de sangue?

- Para começar, o paciente deve ser orientado sobre sua coleta e de como se dará esse procedimento;

- Em seguida, o profissional deve conferir todo material e local, garantindo que esteja tudo desinfetado e seguro para utilização;

-Confirme com o paciente seus dados pessoais e cole as etiquetas nos tubos, identificando o nome e o documento do paciente, a data e a hora do exame;

- A assepsia e higiene do profissional também são fatores importantíssimos para garantia da qualidade. Desta forma, após as etapas de verificação e identificação das amostras, o profissional da coleta deve higienizar as mãos e calçar as luvas de procedimento.

IMPROTANTE: as luvas precisam ser descartadas em local apropriado após a finalização da coleta de determinado paciente;

- Posicione o paciente sentado em uma poltrona com braço sobre o suporte próprio para coleta, levemente inclinado para baixo e estendido, de modo que o cotovelo não fique dobrado;

- Faça assepsia do local e garroteie o braço do paciente pedindo para que ele feche a mão.

IMPORTANTE: O tempo de garroteamento não pode ser superior a 1 minuto, pois após este período poderá ocorrer a lise (ou quebra) das células vermelhas do sangue, que conferirá o aspecto hemolisado à amostra, e para a grande maioria dos exames a hemólise é considerada como critério de rejeição;

- Tire a capa da agulha, faça a punção, solte o garrote e colete a quantidade de sangue necessária para a realização dos exames solicitados, seguindo a ordem correta dos tubos evitando a contaminação entre os aditivos dos tubos a serem utilizados;

- Caso a coleta tenha sido realizada com sistema fechado (à vácuo), logo após a coleta homogeinize bem as amostras, garantindo que os aditivos sejam distribuídos por todo material presente nos tubos. Posteriormente, descarte a agulha e as luvas em local apropriado para cada material.

Caso a coleta tenha sido realizada com sistema aberto (seringa), distribua as amostras nos tubos correspondentes a depender dos exames solicitados e homogeinize-os bem, garantindo que os aditivos sejam distribuídos por todo material presente no tubo. Posteriormente, descarte a agulha e a seringa adequadamente no resíduo perfuro-cortante);

- Após esse processo de coleta, o material deve ser encaminhado junto do pedido ao laboratório.

Qual a veia mais indicada para coletar sangue?

A principal veia para a coleta de sangue venoso é a fossa antecubital, localizada exatamente na dobrinha do braço, na parte oposta ao osso do cotovelo. Caso não esteja aparente, o paciente deve ser instruído a abaixar um pouco o braço e fechar a mão para que as veias basílica e cefálica fiquem mais aparentes.

A punção no dorso da mão é geralmente recomendada para pacientes que tenham esse acesso venoso mais difícil nas outras veias. Outra opção, são as punções nos membros inferiores. Nesses casos, só podem ser realizadas com autorização médica.

Ainda que seja possível coletar sangue venoso em qualquer veia dos membros superiores do paciente, a identificação da veia ideal pode ser feita por meio de observação, procurando uma veia calibrosa. Dê preferência às veias que não estão recebendo terapias endovenosas e evite áreas com hematomas e cicatrizes de queimaduras.

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