Comparabilidade entre equipamentos e microscopistas

Comparabilidade entre Equipamentos

Para testes que são realizados e liberados em mais de um equipamento, é importante realizar a comparabilidade entre eles. Essa sistemática é conhecida em alguns laboratórios como Interequipamentos.

Benefícios

Por meio desse controle é possível assegurar a qualidade e a garantia dos resultados, barrando desta forma, a existência de possíveis diferenças que impactem na clínica do paciente. Esta comparação deve ser feita periodicamente.

Critérios de Aceitabilidade

Em alguns setores a verificação da estabilidade do sistema pode ser evidenciada pela comutabilidade entre as plataformas, ou seja, processando uma única amostra em todos os equipamentos, e comparando o resultado entre eles.

Essa comparação é realizada através da determinação da variação entre os resultados de cada equipamento frente à variação máxima aceitável, de acordo com a Especificação da Qualidade definida pelo próprio laboratório.

Caso haja alguma discrepância entre os resultados deve-se realizar uma investigação e aplicar tratativas afim de manter a garantia da qualidade dos resultados liberados por esses equipamentos.

Comparabilidade entre Microscopistas

Já para testes que são realizados por técnicas microscópicas, deve-se haver um procedimento que vise manter o padrão de competência entre os mesmos para garantia da qualidade dos resultados. Em alguns laboratórios, este procedimento é conhecido como Interanalistas ou Inter-microscopistas.

Benefícios

Este controle é fundamental para garantir a padronização entre os todos os microscopistas, sendo estes mais experientes ou não, ou ainda em unidades diferentes.

Critérios de Aceitabilidade

Os critérios de aceitabilidade podem variar de acordo com o tipo de ensaio, mas no geral o que vale é a concordância de resultados entre os microscopistas e com padrão ouro, sem impacto na interpretação clínica.

Seguem alguns exemplos para avaliação dos critérios de aceitabilidade:

▪ Hemograma e Reticulócitos pode utilizar a Estatística de Chauvenet como forma de avaliação para leituras interanalistas, o qual é aplicado a partir de dois microscopistas. Esse método de avaliação permite identificar leituras deslocadas em um grupo de analistas (contagens discrepantes).

▪ Imunofluorescência Indireta: Para reação e padrão deve-se apresentar 100% de concordância entre os analistas. Na titulação o limite de aceitabilidade é de 1 título de diferença, a fim de não impactar a clínica do paciente.

▪ Patologia (Citologia Ginecológica): Diagnósticos entre a leitura padrão ouro e citotécnicos devem ser 100% concordantes considerando as correlações clínicas.

REFERÊNCIAS:

- Gestão da Fase Analítica do Laboratório (como assegurar a qualidade na prática) Volume I.

- Norma PALC versão 2021 (item 11.9).