Dezembro Vermelho: Onde se espalha a conscientização, não há como transmitir preconceito
Publicado em: 30/11/2022, 09:10
Quem deu o primeiro passo em direção a um debate mais amplo sobre a necessidade de uma luta mundial contra a AIDS foi a Organização das Nações Unidas (ONU), em 1988.
Na época, definir o primeiro dia de dezembro como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma tentativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) de enfatizar a necessidade de trazer luz a uma epidemia que se alastrava pelo mundo por meio do pânico causado pelas especulações da doença e da desinformação da sociedade sobre o que já se sabia em relação a ela.
Os números cresciam, mais de 60 mil casos reportados oficialmente pela OMS. Enquanto isso, países, como Inglaterra e Estados Unidos, tentavam correr contra o tempo ao lançar campanhas de conscientização com foco na educação, na troca de informações e em experiências sobre a doença.
Vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)? Você sabe a diferença entre os termos?
Quatro décadas separam os primeiros testes de detecção do agente infeccioso (vírus HIV) dos tratamentos que temos na atualidade.
Nesse meio tempo, muito se descobriu sobre como o vírus era transmitido e agia no corpo humano. Assim, distinguir a diferença entre os termos é o primeiro passo rumo à conscientização da população, que costuma assimilar os dois como um único diagnóstico.
Chamamos de HIV a sigla que dá nome ao vírus da imunodeficiência humana, ou seja, caso o paciente – independente dos motivos – não faça o tratamento, é esse vírus o agente que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
Para que o diagnóstico de AIDS aconteça, o paciente é submetido a exames que verificarão a presença de anticorpos contra esse vírus, a quantidade de células de defesa presentes no sangue e/ou ainda manifestações clínicas que incluem uma ou mais doenças oportunistas, aquelas que, em decorrência da falta de um sistema imunológico saudável, poderão invadir o organismo do paciente.
Apesar de não haver cura para a infecção causada pelo HIV, atualmente, o tratamento, além de ser fundamental para a sobrevida do paciente, é capaz de diminuir significativamente as chances de transmissão para outras pessoas.
Por que conscientizar?
Mesmo que um diagnóstico confirmado já não seja uma “sentença de morte”, como foi no passado, os órgãos sanitários e a comunidade médica mantêm o alerta e reforçam a importância do debate sobre o tema.
Talvez você esteja se perguntando: Qual o motivo de tal alerta?
A justificava se dá por meio de alguns fatores, como:
· A lenta manifestação dos sintomas do HIV, que pode levar o paciente a ficar anos com o vírus sem sintomas aparentes. Assim, ao não realizar a testagem, não sabe que pode estar infectado e transmitir o vírus, além de diminuir a eficácia do tratamento com o decorrer do tempo de exposição do organismo.
· Ainda não há cura para a doença. Dessa forma, a única maneira de diminuir o número de casos e a mortalidade relacionada à doença é por meio da conscientização.
Ou seja: Elucidar a população sobre os métodos de prevenção, a não transmissão do vírus, o acesso à testagem, tratamento e, claro, a desmistificação dos preconceitos que rondam a doença, é garantir que, a cada dia, menos pessoas sofram com as consequências da falta de informação que ronda o HIV.
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Lembre-se: a prevenção é sempre a melhor alternativa. Ao menor sinal de alerta, não deixe de buscar atendimento especializado.
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