A importância da doação de Medula Óssea no fevereiro Laranja
Publicado em: 28/01/2022, 19:43
Fevereiro é o mês da conscientização da leucemia. O DB Patologia apoia essa causa e não poderia deixar de falar um pouco mais sobre essa doença que atinge uma grande parcela da população.
Antes de falar sobre a doença, é muito importante relembrarmos a medula óssea, de onde a leucemia se origina.
A medula se encontra no interior dos ossos, ficando responsável pela produção das células sanguíneas, processo chamado de hematopoiese. Esse processo ocorre por meio da diferenciação das células-tronco em linhagens de células hematopoiéticas, as quais dão origem aos eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
Em condições normais, a medula óssea produz bilhões de células sanguíneas, essenciais para funções, como oxigenação dos tecidos, defesa do organismo e cicatrização, entre outras. Mas, a produção acelerada e anormal das células de defesa em fases imaturas caracteriza a leucemia, que ocorre, principalmente, devido a fatores genéticos.
Existem diversos tipos de leucemia, sendo os principais: leucemia mieloide aguda; leucemia mieloide crônica; leucemia linfocítica aguda e leucemia linfocítica crônica, sendo que as do tipo aguda são mais comuns em pacientes jovens e têm uma evolução extremamente rápida, o que leva ao agravamento do quadro em um curto espaço de tempo.
A detecção precoce da doença pode ser feita por meio de exames de rotina, mas a confirmação é feita pelo mielograma e, às vezes, faz-se necessária a realização da biópsia da medula. É comum confundir o mielograma com a biópsia da medula, porém são exames diferentes. O mielograma é realizado pelo aspirado das células sanguíneas de dentro da medula para análise das células. Já na biópsia, é retirado um fragmento ósseo da medula (na região da bacia) para análise histopatológica, ou seja, do tecido medular.
A leucemia pode apresentar sintomas, como palidez, febre, aumento de gânglios, hematomas e aumento do baço e do fígado. No entanto, por não serem tão específicos nem sempre levantam suspeita. É muito importante procurar o seu médico na presença de quaisquer desses sinais.
O tratamento pode ser feito com quimioterapia e controle de complicações infecciosas que ocorrem devido à baixa imunidade e também com transplante de medula óssea. Porém, cada subtipo da doença tem um protocolo de tratamento. Deve ser feito acompanhamento médico periódico, mesmo havendo a remissão da doença, pois há chances de haver recidiva.
Lembre-se: mantenha seus exames de rotina em dia e, ao surgimento de qualquer sintoma, procure seu médico!