Histopatologia é um exame fundamental para diagnóstico e tratamento de leucemia
Publicado em: 26/09/2022, 13:19
Sendo considerada uma doença silenciosa (pois nem sempre apresenta sintomas físicos ou manifestações clínicas em seus estágios iniciais), muitas vezes a leucemia é descoberta em exames de rotina, admissionais ou ocupacionais, ou ainda quando o paciente procura o médico queixando-se de fraqueza, cansaço, sangramentos ou no reporte de manchas roxas pelo corpo.
A leucemia manifesta-se inicialmente na medula óssea, acometendo a produção das células saudáveis do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas), devido a uma mutação funcional destes tipos celulares. Deste modo, sabe-se que há pelo menos 12 tipos de leucemias.
O exame mais comumente solicitado para início da investigação de doenças (de um modo geral) é o hemograma, pois as alterações quantitativas e qualitativas das células vermelhas e das células brancas podem esclarecer a real situação de saúde do paciente. No caso das leucemias, o primeiro sinal de alerta aparece em um hemograma de rotina, por exemplo.
A partir de alterações significativas, o médico poderá direcionar o paciente à realização de exames complementares, como a histopatologia de medula óssea, além do mielograma. Estes exames oferecem um estudo completo da morfologia das células que encontram-se ainda na medula (antes de serem direcionadas à corrente sanguínea).
Além disto, pode auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de outras doenças, como anemia aplástica (ausência ou diminuição da produção celular), mielomas (alteração morfológica e funcional das células plasmáticas), linfomas (alteração morfológica e funcional das células de defesa - linfócitos), citopenias, mielofibrose e outras neoplasias.
Como é feita a histopatologia?
A coleta de amostra de tecido ósseo - ou medula óssea - é realizada através de procedimento médico em clínicas especializadas ou centro cirúrgico, e em ambiente controlado, devido à complexidade da coleta. Geralmente é indolor (aplicação de anestesia local) e não traz maiores complicações ao paciente.
O procedimento é indolor, pouco invasivo e raramente traz complicações ao paciente. Após a coleta, a amostra é enviada imediatamente para análise, já que se trata de um tecido vivo e, principalmente, garante um diagnóstico rápido e preciso, facilitando a intervenção médica em situações em que o tempo é fundamental.
A histopatologia é uma análise de extrema importância para diagnósticos assertivos. Junto com outros exames, como o mielograma e o hemograma, permite que o médico elabore laudos detalhados, oferecendo aos pacientes mais tranquilidade e segurança no tratamento.
Doação de medula
O terceiro sábado de setembro marcou o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea com diversas campanhas sobre a importância da doação, que beneficia milhares de pacientes em tratamento. O Brasil tem 850 pessoas na fila por um transplante, segundo o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).
Para ser um doador você precisa procurar o hemocentro do seu estado e agendar uma consulta de esclarecimento. Lá, será necessário assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), e preencher uma ficha com informações pessoais. Uma pequena quantidade de sangue (10ml) será retirada para ser analisada. Os seus dados pessoais e o tipo de HLA serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Sendo assim, quando houver um paciente com possível compatibilidade, você será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados.