Teste do Pezinho: saiba a importância e quais são as doenças detectadas

Com o nascimento de um bebê, uma das primeiras ações a ser realizada é o Teste do Pezinho. Esse exame deve ser feito em todas as crianças, a fim de identificar de forma precoce diversas doenças.

Para conhecer mais sobre a importância do tema, acompanhe esse artigo e fique bem informado!

O que é o Teste do Pezinho?

O Teste do Pezinho é o nome popular do Teste de Guthrie, também conhecido como Triagem Neonatal. Trata-se de um conjunto de exames laboratoriais que devem ser realizados após o nascimento de uma criança. 

O período ideal é entre o 3º e o 7º dia de vida, porque durante esse intervalo de tempo o recém-nascido já foi alimentado o suficiente para evitar falsos-negativos nas patologias dependentes de amamentação.

O objetivo desse exame é ter o diagnóstico precoce de diversas doenças congênitas complexas, metabólicas, genéticas e infecciosas, capazes de afetar o desenvolvimento neuropsicomotor. Muitas vezes, elas podem não ter sintomas aparentes nos bebês.

Por que é feito o Teste do Pezinho?

O Teste do Pezinho é realizado para identificar rapidamente doenças que não são descobertas no período neonatal, devido à proteção desempenhada pela placenta e por outros fatores. Muitas dessas doenças, se não forem tratadas de forma precoce, causam sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível.

Dessa forma, esses exames permitem o tratamento ágil e a diminuição ou a eliminação das sequelas associadas a essas patologias.

Entre as doenças que podem ser diagnosticadas por meio do exame simples, estão:

• fenilcetonúria ‒ acúmulo do aminoácido fenilalanina, que causa deficiência mental.
• fibrose cística ‒ doença crônica que provoca danos nos pulmões e no sistema digestivo. Também afeta o pâncreas.
• deficiência de biotinidase ‒ não produção da enzima biotinidase (uma vitamina). Há chances de a criança ter convulsões, fraqueza muscular, queda de cabelo e deficiência imunológica.
• hiperplasia adrenal congênita ‒ alteração no funcionamento das glândulas suprarrenais. Essa doença leva a um quadro de masculinização, vômitos e desidratação.
• hipotireoidismo congênito ‒ retardo mental.
• síndromes falciformes ‒ anemia.

Como é feito o Teste do Pezinho?

O exame consiste na coleta de uma pequena amostra de sangue do calcanhar do bebê, por meio de um dispositivo chamado lanceta. Ele faz um furo minúsculo na parte lateral, de forma rápida e, praticamente, indolor. Algumas gotinhas são recolhidas em um papel-filtro com a identificação da criança, que serão enviadas ao laboratório para realizar as análises. 

Caso o resultado do teste apresente alguma alteração, o recém-nascido deve repetir o exame. Confirmado positivo para determinada doença, inicia-se a investigação específica e, além disso, a criança será acompanhada por um serviço especializado.

Então, são iniciadas as medidas terapêuticas de controle e de estimulação, visando reduzir os danos e garantindo melhor qualidade de vida e maior integração social.

Apesar de, preferencialmente, ser realizado no pé, nada impede que o teste também seja feito pela análise de sangue venoso com uma coleta sem aditivos. Nesses casos, o profissional que coletará o material precisa avaliar qual é a melhor maneira de realizar o exame, priorizando a eficácia do teste e o bem-estar do recém-nascido.

O exame é feito no pé  porque nele estão presentes muitos vasos sanguíneos, o que facilita o acesso ao sangue.

IMPORTANTE: 

bebês prematuros também podem fazer o exame. No entanto, são necessárias mais coletas: a segunda após 120 dias do nascimento e, em caso de transfusão de sangue, mais uma após 120 dias da última transfusão.

O Teste do Pezinho é obrigatório?

O Programa Nacional de Triagem Neonatal foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 1992. Atualmente, todas as crianças nascidas no Brasil têm o direito de realizar gratuitamente, pelo SUS, o Teste do Pezinho Básico que detecta as seis doenças.

No entanto, existem outras versões desse teste, que são oferecidas por laboratórios e hospitais da rede privada. Estes são chamados de Teste do Pezinho Ampliado e  diferem entre si quanto às técnicas utilizadas e o número e o grupo de doenças a serem analisadas.

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