Tipagens sanguíneas: como surgiram e qual é a sua importância?
Publicado em: 10/03/2024, 10:30
É muito comum encontrarmos pessoas que não sabem qual é o seu tipo sanguíneo. Porém, além de facilitar na hora do atendimento médico, essa informação é fundamental para inúmeras situações, como doações de sangue, transfusões e para o período gestacional.
Portanto, é preciso saber a qual grupo você pertence, quais as características e como elas impactam a sua vida. Hoje, vamos aprender tudo sobre esse assunto e entender a relevância dele para a saúde. Continue a leitura e venha com a gente!
O que é tipagem sanguínea?
A classificação do sangue humano em diferentes grupos se baseia em características específicas presentes nas células sanguíneas: os antígenos, encontrados na superfície das hemácias. Os grupos mais utilizados são o ABO e o Rh:
- Sistema ABO
- Tipo A: antígenos A na superfície das células vermelhas do sangue;
- Tipo B: antígenos B na superfície das células vermelhas do sangue;
- Tipo AB: tanto antígenos A quanto B na superfície das células vermelhas do sangue;
- Tipo O: não possui antígenos A nem B na superfície das células vermelhas do sangue. - Fator Rh
- Positivo (+): antígeno Rh na superfície das células vermelhas do sangue;
- Negativo (-): não possui o antígeno Rh na superfície das células vermelhas do sangue
Combinados, esses atributos resultam em 8 tipos distintos: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-.
Além de ser um fator crucial para os procedimentos médicos, a tipagem sanguínea também desempenha um papel importante na genética, na determinação da paternidade e em questões obstétricas.
Como os tipos sanguíneos surgiram?
Os créditos para essa descoberta são do imunologista austríaco Karl Landsteiner. Em 1900, o médico investigava por que algumas transfusões sanguíneas davam certo, enquanto outras levavam a reações graves.
Foi nesse contexto que ele percebeu a presença de diferentes componentes nas células humanas e categorizou os tipos sanguíneos em quatro grupos principais, estabelecendo o sistema ABO. Landsteiner identificou os antígenos A e B na superfície das células vermelhas do sangue e os anticorpos correspondentes no plasma, criando uma classificação que se tornou fundamental na Medicina.
Posteriormente, ele e o imunologista americano Alexander Weiner também descobriram o fator Rh, adicionando uma dimensão extra à classificação e ajudando a distinguir os tipos positivos e negativos. A contribuição de Karl foi tão significativa que, em 1930, o cientista recebeu o prêmio Nobel de Medicina.
Como descobrir a sua tipagem sanguínea?
Esse é um procedimento simples. Geralmente, é realizado por meio de exames laboratoriais. Entre as principais maneiras de descobrir o seu tipo sanguíneo, podemos destacar:
- Doação ‒ os bancos de sangue classificam o do doador para garantir a segurança das transfusões. Após a doação, você pode receber informações sobre o seu tipo sanguíneo.
- Check-ups e exames de rotina ‒ alguns procedimentos médicos incluem a tipagem sanguínea como parte dos testes-padrão. Verifique nos seus exames antigos se essa informação está incluída.
- Exame de tipagem sanguínea ‒ um teste específico para descobrir. Nele, observa-se a reação do sangue à presença dos antígenos e de anticorpos.
Por que essa informação é tão importante?
Ter esse dado sempre em mãos faz toda a diferença no seu dia a dia por inúmeras razões. Aqui estão algumas delas:
- Transfusões ‒ podem ser necessárias em casos de cirurgias, traumas ou doenças que levam à perda significativa de sangue. Conhecer o tipo sanguíneo é vital para garantir a compatibilidade entre o sangue do doador e do receptor, evitando reações adversas e promovendo um procedimento seguro.
- Gravidez e parto ‒ durante a gestação, a tipagem sanguínea da mãe e do bebê é monitorada para evitar complicações, especialmente se a mãe for Rh negativo e o feto, Rh positivo. Conflitos sanguíneos, nessa situação, podem levar a problemas para a criança. A intervenção médica pode ser necessária para prevenir a doença hemolítica do recém-nascido.
- Emergências ‒ em situações extremas, quando a informação médica pode não estar prontamente disponível, saber o tipo sanguíneo pode ser vital para procedimentos rápidos, como transfusões de sangue ou administração de medicamentos específicos.
- Doação de sangue ‒ conhecer o próprio tipo sanguíneo facilita a doação segura e ajuda os bancos de sangue a garantirem que o sangue doado seja utilizado de maneira eficaz.
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