HEMÓLISE - FLYER

É a destruição prematura das hemácias (glóbulos vermelhos) por rompimento da membrana plasmática.
Isso resulta na liberação de diversos componentes intracelulares, como a hemoglobina.

A Hemólise in vivo ocorre no corpo em várias condições, por exemplo na anemia hemolítica, ingestão de
medicamentos, infecções, entre outras. Já a hemólise in vitro ocorre fora do corpo e pode ser vista em sangues
estocados por muito tempo ou em decorrência de falhas pré-analíticas.

A liberação do líquido intracelular para o meio extracelular causa a diluição dos fatores de
coagulação. Também expõe componentes intracelulares e de membrana que podem
ativar a coagulação sanguínea, elevando as concentrações de elementos, como potássio,
ferro, LDH, entre outros. Esse tipo de variação interfere diretamente em diversas técnicas
praticadas no laboratório para quantificação dos resultados dos exames de análises clínicas.

FIQUE ATENTO ÀS PRINCIPAIS CAUSAS DE HEMÓLISE IN VITRO
DURANTE A COLETA DE SANGUE

- Presença de álcool residual no local da punção;Excesso de manipulação e pressão sobre a área a ser puncionada;
- Garrote prolongado (tempo máximo: 60 segundos);
- Priorização da coleta via sistema aberto com seringa e agulha;
- Sangue puxado muito rápido para dentro da seringa ou utilizar uma agulha de calibre muito pequeno;
- Pressão negativa aplicada na seringa com o sangue já dentro dela;
- Sangue transferido no tubo de coleta sem tirar a agulha da seringa;
- Homogeneização de forma violenta;
- Coleta em regiões com hematoma ou equimose;
- Excesso de anticoagulante em tubos de Fluoreto ou EDTA, colete volume de sangue preconizado pelo fabricante;
- Manter o tubo posicionado na horizontal após a coleta;
- Velocidade de centrifugação elevada, má qualidade do gel separador e recentrifugação das amostras;
- Tempo de armazenamento;
- Demora na centrifugação da amostra;
- Contato direto do sangue com o gelo ou congelamento da amostra contendo hemácias.

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DICAS PARA EVITAR HEMÓLISE

• Respeitar a proporção de anticoagulante por amostra em tubos de Fluoreto ou EDTA, uma vez
que o excesso pode alterar o metabolismo das hemácias, causando a hemólise;

• Em coletas a vácuo, puncionar a veia com o bisel voltado para cima, em um ângulo de mais
ou menos 30 graus, inserir o tubo inclinado no adaptador para garantir que o sangue não se
choque diretamente com a parede do tubo;

• Em coletas a vácuo, aguardar o sangue parar
de fluir antes de trocar o tubo por outro;

Lembre que tubos com menor volume
de aspiração (pediátricos) têm menor
quantidade de vácuo, portanto o sangue
flui mais lentamente para dento do tubo.

• Nas coletas com seringa e agulha, verificar se a agulha está bem adaptada à seringa para evitar
a formação de espuma;

• Cuidar para que o sangue deslize pela parede do tubo.

O critério para rejeição depende de cada laboratório, das particularidades do exame e do grau de hemólise da amostra. Caso seja
detectado o Grau III de hemólise, o mais indicado é a rejeição imediata e a realização de uma nova coleta.

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A coleta de dados indicadores ajudam a identificar os locais onde a hemólise ocorre com mais frequência.
Além disso, servirá de base para justificar e promover ações preventivas para a redução desse processo.

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A hemólise pode causar sérios impactos sobre o atendimento ao paciente e a reputação de um
laboratório, por meio de seu efeito sobre os resultados dos testes.

 

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